GENERAIS!
A elite privilegiada mais sem privilégios
Ministro da Defesa diz que um general vai para a reserva com salário
irrisório, que mal dá para comprar uma casa, um carro e educar os filhos.
R$23.000.00
É pouco para o MD
23ª Reunião no CRE destaca orçamento da Defesa, mas ausência do baixo estamento chama atenção
Na manhã desta terça-feira (30/09), foi realizada a 23ª Reunião do Conselho de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), no Senado Federal. O encontro, de caráter público e aberto, contou com a presença de autoridades e oficiais das Forças Armadas, mas não registrou a participação de representantes do chamado “baixo estamento” militar.
Durante a sessão, houve menções à ascensão feminina no alto escalão das Forças Armadas, com destaque para oficiais generais, além de manifestações de reconhecimento ao Ministro da Defesa, José Múcio Monteiro Filho.
Em sua intervenção, o Ministro voltou a defender a proposta de um repasse fixo de 0,2% do PIB ao Ministério da Defesa, justificando a medida diante das atuais limitações orçamentárias. Segundo Múcio, os recursos destinados à Pasta são insuficientes frente às responsabilidades estratégicas que incluem a vigilância da extensa fronteira terrestre e do mar territorial brasileiros.
A fala recebeu acolhimento positivo por parte de alguns senadores presentes, que reconheceram a importância do tema. No entanto, a ausência de representantes das categorias de base das Forças Armadas levantou questionamentos sobre a falta de espaço para a pluralidade de vozes dentro do debate.

MINISTRO DA DEFESA EMPREGA DISCURSO IMPERATIVO DE QUE GENERAIS
TEM BAIXO SALÁRIO
Ministro da Defesa cita remuneração de generais ao tratar de salários nas Forças Armadas.
Durante a 23ª Reunião do Conselho de Relações Exteriores (CRE), realizada nesta terça-feira (30/09) no Senado Federal, o Ministro da Defesa, José Múcio Monteiro Filho, abordou a questão dos salários nas Forças Armadas como um dos pontos centrais de sua fala.
Embora tenha feito referência às dificuldades enfrentadas por praças e sargentos em ocasiões anteriores, nesta reunião o Ministro destacou especificamente a situação dos oficiais generais. Segundo ele, seria uma “injustiça” que, ao irem para a reserva remunerada, os generais recebam aproximadamente R$ 24 mil.
A menção causou surpresa entre parte da tropa, especialmente entre graduados e veteranos que vêm questionando perdas históricas desde a edição da MP 2.215/2001 e da Lei 13.954/2019 — marcos legais que reduziram benefícios e ampliaram disparidades dentro da carreira militar.
Enquanto o Ministro reforçou a necessidade de ampliar o orçamento da Defesa, com a proposta de vincular 0,2% do PIB de forma permanente à Pasta, o contraste entre os grupos citados evidencia as diferentes percepções sobre o que representa, de fato, “baixo salário” no contexto militar.

Debate sobre salários militares expõe contraste entre discurso oficial e realidade do baixo estamento.
O Brasil, país que possui um dos salários mínimos mais baixos do mundo, enfrenta também desafios internos na valorização de seus militares de base. Graduados relatam perdas que se aproximam de 100% do poder aquisitivo ao longo dos anos, sem acesso a FGTS e obrigados a ingressar na reserva remunerada com restrições históricas: a remuneração baseada apenas na gratificação de soldo, a perda da promoção ao posto imediato — benefício que servia como compensação pela ausência do FGTS — e a limitação aos valores da última promoção conquistada ainda na ativa.
Apesar desse cenário, o discurso oficial segue outra direção. Durante a 23ª Reunião do CRE, no Senado Federal, o Ministro da Defesa, José Mucio Monteiro Filho, ao tratar de “baixos salários” nas Forças Armadas, destacou especificamente a situação dos oficiais generais, classificando como injusto o fato de receberem cerca de R$ 24 mil ao passarem para a reserva remunerada.
A declaração gerou perplexidade entre graduados e veteranos, que consideram haver um descompasso entre as dificuldades históricas enfrentadas pelo baixo estamento e a narrativa adotada no alto comando. Para muitos, a fala expõe a distância existente entre os interesses do topo da hierarquia e a realidade da maioria da tropa
Debate sobre salários militares expõe contraste entre discurso oficial e realidade do baixo estamento
O Brasil, que possui um dos salários mínimos mais baixos do mundo, enfrenta também desafios internos na valorização de seus militares de base. Graduados relatam perdas que se aproximam de 100% do poder aquisitivo ao longo dos anos, sem acesso ao FGTS e ingressando na reserva remunerada com restrições históricas: remuneração limitada à gratificação de soldo, perda da promoção ao posto imediato — benefício que compensava a ausência do FGTS — e valores restritos à última promoção alcançada ainda na ativa.
Apesar desse cenário, o discurso oficial segue outra direção. Durante a 23ª Reunião do CRE, no Senado Federal, o Ministro da Defesa, José Mucio Monteiro Filho, ao tratar de “baixos salários” nas Forças Armadas, destacou especificamente a situação dos oficiais generais, classificando como injusto o fato de receberem cerca de R$ 24 mil ao passarem para a reserva remunerada.
A declaração causou perplexidade entre graduados e veteranos, que apontam um descompasso entre as dificuldades históricas enfrentadas pelo baixo estamento e a narrativa adotada no alto comando. Para muitos, a fala evidencia a distância entre os interesses do topo da hierarquia e a realidade da maioria da tropa.

Ministro da Defesa recebe elogios no Senado enquanto foco recai sobre salários de generais
Na 23ª Reunião do CRE, no Senado Federal, o Ministro da Defesa, José Mucio Monteiro Filho, foi tratado de forma cordial e em clima de total harmonia pelos senadores presentes. As intervenções foram marcadas por elogios e perguntas moderadas, criando um ambiente favorável para que o Ministro expusesse seus principais pontos.
Entre eles, destacou-se a questão salarial, com ênfase nos oficiais generais. Segundo Mucio, os vencimentos de aproximadamente R$ 24 mil ao passarem para a reserva remunerada seriam “baixos” diante das responsabilidades do posto, argumento que surpreendeu parte da tropa, especialmente graduados e veteranos, que enfrentam perdas históricas em seu poder aquisitivo.







